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QUAL A PRIORIDADE PARA A REFORMA POLÍTICA ?









08/08/2005
A HORA DA COERÊNCIA


* Leonel Pavan


A crise política por que passa o país geral mal estar e indignação entre a sociedade, principalmente com a classe política.E não poderia ser diferente. O temor maior é que tudo possa acabar, mais uma vez, em pizza. Entretanto, é preciso analisar a questão com a serenidade necessária e, com isso, refletir sobre dois aspectos fundamentais que a situação traz à tona. Um deles e talvez o mais importante é o exercício pleno da democracia, ao qual, talvez ainda não estejamos totalmente acostumados após os anos sombrios da ditadura militar.

Outro aspecto é que, na pior das hipóteses, já estamos colhendo o primeiro resultado da crise que é justamente a possibilidade de investigar a suspeita forte, praticamente confirmada, de um verdadeiro assalto ao aparelho do Estado para garantir a perpetuação de um partido político no poder. A custa de milhões. Quer dizer, se não houvesse a denúncia de um funcionário de segundo ou terceiro escalão, embolsando R$ 3 mil, poder-se-ia continuar desviando milhões, ou bilhões à custa do erário público e da sofrida contribuição de impostos por parte das empresas e cidadãos.

A análise serena da crise deve passar também pelo papel do Executivo. Sim porque o Legislativo já esta fazendo a sua lavagem de roupa suja, a assepsia necessária que poderá tornar este atual mar de lama em adubo para a colheita de uma nova ética parlamentar. Mas e o presidente? Continua a viver numa espécie de país imaginário, acusando inimigos invisíveis, enquanto a economia já apresenta sinais de desaceleração diante da insegurança política.

A âncora que resta ao governo é justamente a democracia, garantida pela sociedade e pela Constituição e é em nome dela que todos esperamos um choque de coerência e de trabalho diante da atual paralisia e falta de coordenação política.

* Senador Leonel Pavan, vice-líder PSDB no Senado.




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